Unisa realiza estudo sobre exercícios de alta intensidade e seus efeitos em pessoas com obesidade
Treinamento intervalado de alta intensidade (HIIT) e curta duração ajuda no tratamento de doenças inflamatórias, aponta pesquisa
Embora muitos estudos demonstrem os benefícios da atividade física à saúde, os efeitos dos exercícios também têm ajudado a reduzir os malefícios de outras doenças, como nos processos inflamatórios. Pesquisadores da Universidade Santo Amaro (Unisa) buscaram identificar os benefícios do treinamento intervalado de alta intensidade (HIIT) no tratamento de doenças inflamatórias em pessoas obesas.
O estudo liderado pela fisioterapeuta, professora e coordenadora do Mestrado em Ciências da Saúde da Unisa, Carolina Nunes França, avaliou um grupo de indivíduos com obesidade e complicações inflamatórias. As análises realizadas nos laboratórios da Universidade indicaram uma melhora nos processos inflamatórios dos participantes, com uma maior regeneração e reparo vasculares.
“Após o treino notamos um aumento nos níveis de monócitos, um tipo de glóbulo branco que combate infecções e contribui com as células sanguíneas na remoção de tecidos mortos, além de regular a imunidade contra substâncias estranhas”, comenta a pesquisadora Carolina. “O estudo amplia o entendimento de como os marcadores inflamatórios em pessoas com obesidade podem ser alterados de forma favorável por meio da prática de exercício físico”, pontua a fisioterapeuta.
Ainda segundo a pesquisadora, a análise amplia a compreensão dos efeitos benéficos à saúde dos exercícios de alta intensidade, bem como a melhora no tratamento de doenças inflamatórias. “Os resultados obtidos com o estudo devem contribuir para o desenvolvimento de novas formas de tratamento por meio da prática de exercícios intensos e de curta duração, além de reduzir a necessidade de uma intervenção medicamentosa”, explica a professora.
A pesquisa contou com o financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O estudo teve ainda a colaboração de professores e alunos do Mestrado em Ciências da Saúde e dos cursos de Graduação em Biomedicina e Fisioterapia da Unisa, e pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e do Hospital Israelita Albert Einstein.