SGP repudia condições precárias do HEMU

A SGP (Sociedade Goiana de Pediatria) torna pública a indignação pela falta de estrutura e as péssimas instalações no HEMU (Hospital Estadual da Mulher) que foram evidenciadas após a forte tempestade que atingiu Goiânia na tarde desta terça-feira (21).

A diretoria da SGP compreende que o volume de chuva foi acima da média. No entanto, os problemas são crônicos. O prédio data de 30 anos e a estrutura é arcaica. A rede de energia elétrica e o cabeamento para internet foram instalados na parte externa do hospital. Além disso, há três anos a drenagem do HEMU não suporta o volume de água pluvial. A falta de estrutura física da unidade já é de conhecimento do poder público por meio de denúncias sistemáticas.

Outros hospitais do estado já tiveram a estrutura física adaptada e atualizada, como o HUGOL e o HECAD. Desse modo, a SGP entende ser inadmissível uma maternidade como o HEMU, com alto fluxo de pacientes de alto risco, UTI neonatal e Unidade Semi-Intensiva com recém-nascidos, passar por transtornos como os testemunhados no dia de ontem.

Os prejuízos, como veiculado pela imprensa, são visíveis aos funcionários do HEMU que se desdobraram para conter a situação e aos pacientes que se viram em um cenário desesperador. Os riscos atingem tanto quem trabalha no hospital quanto pacientes e acompanhantes.

Apesar de o atendimento não ter sido interrompido, não se espera que um hospital seja alagado por uma condição climatológica que insiste ano após ano. Não se trata, portanto, de um imprevisto, mas de abandono. Por falar em abandono, há que se falar ainda que a superlotação é um problema crônico e está associada à deficiência de estrutura, ou seja, impacta diretamente na qualidade da assistência prestada ao recém-nascido.

Previous Article
Next Article