Semana dos povos indígenas

A audiência pública em alusão à Semana dos Povos Indígenas, realizada na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego), foi marcada por discussões sobre os desafios enfrentados pelos povos originários na atualidade. Com a presença de diversas autoridades e lideranças indígenas, o evento teve como objetivo debater as demandas específicas das comunidades indígenas em áreas como saúde, educação e preservação cultural.

A iniciativa do deputado Mauro Rubem (PT) contou com a participação de Priscila Valverde de Oliveira Vitorino, pró-reitora de graduação e pesquisa da PUC-GO; Welligton Vieira Brandão Tapuia, vice-cacique do povo Tapuia do Carretão; Tatiana Maria Bronzato Nogueira, coordenadora do Núcleo Especializado de Defesa e Promoção dos Direitos da Mulher da Defensoria Pública do Estado de Goiás; Eunice Pirkodi Caetano Moraes Tapuia, doutoranda em Direitos Humanos pela UFG; professor Wahuka, gerente de Direitos dos Povos Indígenas; Valdirene Iny, professora da Escola Indígena de Aruanã; e Valéria Cavalcante da Silva Souza, gerente da Educação do Campo, Quilombola e Indígena da Seduc.

O evento teve início com uma apresentação cultural indígena realizada pelo professor Wahuka e outros indígenas Iny, que executaram uma dança tradicional de seu povo. Em seu discurso, o deputado Mauro Rubem destacou a importância da audiência pública e reforçou o compromisso da Alego em promover ações concretas em favor dos povos indígenas.

Eunice Pirkodi Caetano Moraes Tapuia ressaltou a diversidade das demandas apresentadas pelos povos indígenas e agradeceu aos parceiros e instituições que viabilizaram a realização do evento. Priscila Valverde de Oliveira Vitorino, por sua vez, destacou a importância de ouvir os povos indígenas e promover seu protagonismo na sociedade.

O vice-cacique Welligton Vieira Brandão Tapuia apontou diversas demandas e desafios enfrentados pelos povos indígenas em Goiás, como a necessidade urgente de reestruturação da Funai, melhoria da saúde indígena, valorização dos professores e criação de políticas públicas específicas para os povos originários e comunidades tradicionais.

A representante da Coletiva das Mulheres Indígenas, Negra e Quilombolas do Estado de Goiás, Evelin Tupinambá, ressaltou a importância de incluir as crianças indígenas nas discussões e denunciou a negação do direito à educação para sua filha. Além disso, abordou a violência sofrida pelas mulheres indígenas, muitas vezes não contempladas, apesar da legislação para tal.

Valdirene Iny, professora da Escola Indígena Aruanã, pediu ajuda às autoridades para atender às demandas indígenas, especialmente na área da educação. Já Valéria Cavalcante da Silva Souza, gerente da Educação do Campo, Quilombola e Indígena da Seduc, reafirmou o compromisso do órgão em promover políticas públicas voltadas para a educação indígena, destacando a importância da formação continuada dos professores e da inclusão das tradições e línguas indígenas no currículo escolar.

Tatiana Maria Bronzato Nogueira, coordenadora do Núcleo Especializado de Defesa e Promoção dos Direitos da Mulher da Defensoria Pública do Estado de Goiás, abordou a necessidade de políticas públicas específicas para o enfrentamento da violência contra as mulheres indígenas e a garantia de seus direitos fundamentais.

O evento também contou com a participação de lideranças indígenas de outros estados, que trouxeram suas experiências e reivindicações. Juntos, os participantes discutiram soluções e produziram encaminhamentos com demandas específicas a serem destinadas às autoridades e demais agentes específicos que possam colaborar com a construção de ações em prol das referidas comunidades.

Ao final da audiência pública, o deputado Mauro Rubem agradeceu a participação de todos e reafirmou o compromisso da Alego em trabalhar em prol dos povos indígenas, buscando ações concretas e políticas públicas efetivas que atendam às demandas e às necessidades das comunidades indígenas em Goiás.

A Semana dos Povos Indígenas é uma oportunidade importante para dar visibilidade às demandas e desafios enfrentados por essas comunidades, proporcionando um espaço de diálogo e fortalecimento das parcerias entre os povos indígenas e as instituições governamentais e não governamentais.

Para os participantes, a realização de eventos como a audiência ocorrida na Alego é fundamental para a construção de uma sociedade mais inclusiva e justa, que respeite e valorize a diversidade cultural e os direitos dos povos originários. (Fonte: Agência Assembleia de Notícias)

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