Quase 1/5 da população brasileira tem dor crônica na coluna; entenda como a neurologia e a neurocirurgia atuam nesses casos
Segunda-feira (16) é o Dia Mundial da Coluna Vertebral (16/10). No Brasil, 21,6% da população adulta tem dor crônica na coluna. A prevalência é maior em mulheres, obesos, hipertensos, fumantes e entre aqueles que fazem atividade física doméstica pesada, que têm menor escolaridade e que vivem na zona rural. Esses dados são da Pesquisa Nacional de Saúde 2019.
Apesar de muitas pessoas buscarem a ortopedia para tratamento das doenças da coluna, diversas enfermidades que atingem a coluna vertebral são tratadas pela neurologia e pela neurocirurgia, a exemplo da hérnia de disco, que causa compressão neural; das fraturas, que podem comprimir a medula; e dos tumores na coluna, que causam dor e podem provocar paralisia de membros.
“A dor da coluna é processada no cérebro e, para chegar lá, passa pela medula e nervos. Quando se trata de uma manifestação do sistema nervoso, como dor, perda da força em membros, alterações sensitivas (como formigamentos), entre outras, o neurologista ou o neurocirurgião devem ser procurados”, explica o neurocirurgião Bernardo Drummond Braga,
chefe do Departamento de Coluna do Instituto de Neurologia de Goiânia.
Segundo o dr. Bernardo, a “doença” mais frequente no consultório de um neurocirurgião de coluna é o sedentarismo, seguido pela fibromialgia. Em terceiro lugar, está o próprio envelhecimento natural da coluna, chamado de espondilose cervical ou lombar. Dores musculares relacionadas à postura, movimentos repetitivos, transtornos de ansiedade e transtornos depressivos com componente miofascial fecham a lista dos principais problemas de coluna que frequentemente estão nos consultórios.