Polícia investiga UPA por jovem ter morrido após ser mandada para casa ao ser atendida na unidade, em Caldas Novas

Relatório médico apontou que Amanda Rodrigues deu entrada no hospital com dores no estômago e vômitos e foi liberada após o fim dos sintomas. No entanto, família diz que ela continuou passando mal.

A Polícia Civil investiga uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) pela morte de Amanda Rodrigues Souza, de 19 anos. A jovem faleceu após ser mandada para casa depois de ser atendida em Caldas Novas, no sul de Goiás.

“Requisitamos as perícias de exames cadavéricos para elucidar a causa da morte. Não cabe a nos dizer que houve erro médico, até o presente momento não tem essa constatação, foi uma hipótese levantada pela família”, explicou o delegado Tiago Fraga Ferrão, responsável pelo caso.

O relatório médico diz que Amanda foi atendida às 21h50 de segunda-feira (28) com dores no estômago e vômitos e liberada após o fim dos sintomas. No entanto, a sogra da paciente, Maria dos Santos Freitas, denunciou que não foi feito nenhum exame e a jovem foi embora sentindo muitas dores.

“Colocaram um soro pequeno com medicação, ela tomou. Depois colocaram outro, mas só colocaram, não perguntaram e não examinaram. Todo mundo que viu comentou que ela estava mal e não devia ir para casa”, contou a mulher.

A família relatou que a jovem passou mal novamente em casa e voltou à UPA. Ela foi levada pelo Corpo de Bombeiros às 6h de terça-feira (1º) em parada cardiorrespiratória e teve o óbito confirmado às 6h20.

Em nota, a Prefeitura de Caldas Novas lamentou a morte da jovem e informou que a secretaria de saúde está colaborando para que toda a apuração seja conduzida de forma ágil e para que os fatos sejam elucidados.

O delegado completou que a polícia está fazendo todos os procedimentos necessários para a apuração. O pai de Amanda, o companheiro dela e os dois médicos que a atenderam já foram ouvidos pela polícia.

“Temos que ser muito cautelosos, se for o caso, vão ser solicitadas novas pericias e podemos formar uma junta médica para avaliar os protocolos, algo profissional”, pontua Tiago.
O investigador aguarda o laudo cadavérico, feito após um pedido da polícia. Na terça-feira (1º), quando Amanda morreu, o médico solicitou a remoção do corpo ao Serviço de Verificação de Óbito (SVO). Inicialmente, os familiares não autorizaram a necropsia, mas após a interferência do delegado, o procedimento foi feito.

Nota da Prefeitura de Caldas Novas

A Secretaria Municipal de Saúde de Caldas Novas vem, por meio desta nota, lamentar profundamente o falecimento de Amanda Rodrigues Souza, de 19 anos, ocorrido nesta terça-feira, 1, e prestar os mais sinceros pêsames aos seus familiares e amigos.

Esclarecer que, a jovem deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento – UPA às 21:50h da noite desta segunda-feira, 28, com dores no estômago e vômitos. Após triagem protocolar, a paciente foi atendida por um profissional médico e imediatamente medicada, recebendo alta após cessarem os sintomas e ter o quadro clínico estabilizado.

Conforme relatos, Amanda teria passado mal novamente em sua residência, sendo levada pela equipe do Corpo de Bombeiros à unidade por volta das 6h da manhã desta terça-feira, 01. Ainda de acordo com informações da UPA, quando a paciente chegou já estava em parada cardiorrespiratória, com óbito declarado às 6:20h pelo médico, que solicitou então a remoção do corpo ao Serviço de Verificação de Óbito – SVO.

A secretaria de Saúde enfatiza que está colaborando para que toda a apuração seja conduzida de forma ágil e para que os fatos sejam elucidados.

Importa esclarecer ainda que, inicialmente os familiares não autorizaram a realização da necrópsia para identificação da causa da morte, e que, somente após interferência dos médicos e do delegado de Polícia Civil, ocorreu a devida autorização para que o Instituto Médico Legal – IML pudesse realizar o referido procedimento.

Respeitosamente, nos colocamos à disposição para quaisquer outros esclarecimentos.

Previous Article
Next Article