Pai também tem gravidez psicológica? Sim, é a Síndrome de Couvade

“Pai também engravida e precisa fazer o pater-natal!”, afirma especialista em pré-natal do pai

Ei, psiu… É você mesmo! Você já é pai? Pretende ser? Qual a imagem que você tem do seu pai? Mas, antes disso, me diga: você sabia que pai também engravida e que pode ter enjoos, dores de cabeça, sentir cólica e até ganho de peso durante a gestação de sua parceira ou filha? Se a resposta é não, o ginecologista obstetra e idealizador do Programa Paternatal, Felipe Favorette, explica.

O curso está disponível em seis módulos no perfil da Hapvida NotreDame Intermédica no YouTube. A empresa de saúde é a primeira do país a oferecer um projeto desses, de forma gratuita para todos, não apenas a seus clientes. “Decidimos, no mês dos pais, fazer uma abordagem diferente à paternidade, destacando os cuidados com a saúde do homem, bem como seu importante papel no cuidado com os recém-nascidos.

E é isso que o Dr. Felipe Favorette nos traz com o Paternatal, o co-protagonismo do homem nos cuidados com o bebê”, explica Franciane Gonçalves, diretora médica executiva do Projeto de Acolhimento da companhia.

Nos módulos, Favorette destaca que “acabou aquela história de que a mãe cuida dos filhos e da casa, e o pai só se preocupa com o sustento da família. Os tempos mudaram e os homens tendem a estar cada vez mais presentes na vida dos filhos e da esposa, inclusive na gestação”. Ele também garante que pai também engravida e que isso tem nome: Síndrome de Couvade, “uma gravidez psicológica provocada pela forte ligação e empatia que o pai sente pela mãe do bebê”, explica.

O ginecologista obstetra chama a atenção para a importância do pré-natal do pai, apelidado de Paternatal. Para ele, é uma atitude que vai além das consultas de rotina da gestante durante os nove meses; isso é parceria. O programa envolve o cuidado próprio, além da vontade de estar bem e saudável para cuidar do bebê na infância e acompanhar seu crescimento até a vida adulta. “O pinguim é um bom exemplo de pai Paternatal na natureza, porque é o macho quem choca os ovos. Pai não é ajudante de mãe. Pai participa e cuida”, adverte.

A paternidade tradicional era baseada na procriação, mas hoje esse conceito evoluiu com a formação de diferentes formas de família, inclusive com pais solo, comenta o médico.
“O pai tem que estar presente na gestação, participar efetivamente do parto, especialmente nos humanizados, quando o marido pode fazer o papel de ‘maridoulo’. Além disso, ser parceiro na hora da amamentação e se preocupar com a alimentação e hidratação da mãe. Enquanto a mãe amamenta e está ocupada, o outro deve cuidar dos afazeres da casa, dos outros filhos e animais de estimação”, completa Favorette.

Então, agora que já te contamos tudo sobre a Síndrome de Couvade e pré-natal do pai, responda: “Em que posição você quer jogar como pai? A mãe está sempre lá, na pequena área, mas e você? Está preparado para atuar no meio de campo, na lateral… ajudar na defesa, atacar quando necessário e ainda correr pro gol para comemorar com a mãe?”