O ser humano gosta de sofrer e a psiquiatria explica o motivo
Os mais de 30 anos de experiência de Nelio Tombini na área psiquiátrica o permitiram conviver com os principais tipos de transtornos psicológicos e emocionais, mas não só isso. Durante esse período, ele pôde perceber a capacidade que a mente humana tem de piorar toda e qualquer situação vivenciada.
Publicado pela Citadel Editora, o novo título do médico e escritor é um trocadilho com esta mentalidade: Não deixe a vida te maltratar. Segundo Tombini, não é a vida que aflige a pessoa e sim ela que desdenha da própria existência. “A vida só dá o troco”, afirma e completa: “se você não cuidar da sua vida, tudo vai ficar mais difícil”.
Mais que falar sobre a autossabotagem, o objetivo da obra é mostrar ao leitor o caminho para alcançar a plenitude e estabilidade psicológica. Se a mente tem a capacidade para maltratar o ser, por que não teria também o poder de alcançar um estado de felicidade?
Lembremos que é do veneno da cobra que se
cria o soro para combater a picada do próprio
animal. O veneno combatendo o veneno.
(Não deixe a vida te maltratar, pg. 1)
Nas páginas deste lançamento, o psiquiatra também aborda assuntos como os “viciados em trabalho”, ou workaholics, síndrome de burnout, bipolaridade, escravidão psicológica e a toxidade do pensamento positivo. Todos temas que se conectam no mesmo ponto: fazem com que momentos ruins se sobressaiam aos bons e tornem qualquer adversidade em um monstro de sete cabeças. Como uma sessão de terapia, Tombini oferece no livro reflexões e percepções para que o leitor compreenda com mais intimidade os próprios sentimentos, saiba lidar com eles e aprenda a ter controle para tomar decisões. Para Dr. Nelio, é preciso semear o autoconhecimento emocional para colher os frutos da felicidade sem passar por uma enxurrada de infelicidade. Ficha técnica Título: Não deixe a vida te maltratar Subtítulo: A busca da (in)felicidade Autor: Nelio Tombini Editora: Citadel Páginas: 192 Sobre o autor: Dr. Nelio Tombini é médico desde 1972, formou-se como cirurgião trabalhando por três anos numa pequena cidade do Rio Grande do Sul. Devido à necessidade, também atendia como anestesista, clínico, pediatra, obstetra e ortopedista. Após cinco anos, especializou-se em psiquiatria. Foi responsável por 22 anos pela psiquiatria da Santa Casa de Porto Alegre, onde criou o pioneiro serviço de doenças afetivas/humor. Nessa instituição oferecia terapia de grupo para pacientes do SUS. Também trabalhou com grupos de dependentes químicos, grupos psicoterápicos junto ao Tribunal de Justiça-RS e homens com medidas protetivas por agressão a mulheres – Lei Maria da Penha. Fundou a Psicobreve há 32 anos, focada em terapias breves. Psicoterapeuta individual, de casal e de grupos. Desenvolve projeto psicoeducativo por meio de palestras, workshops e vídeos no YouTube, e também é autor do livro A arte de ser infeliz.