O fracasso não preocupa os jovens

Com o passar do tempo, a concorrência no mercado de trabalho fica cada vez mais acirrada, novas profissões surgem e a tecnologia revoluciona o mundo laboral. Sendo assim, quem está ingressando nesse campo pode sentir medo do futuro. Com o intuito de entender sobre o tema, o Nube – Núcleo Brasileiro de Estágios fez uma pesquisa e perguntou: “você tem medo de fracassar na vida?”. Com dados coletados entre os dias 18 e 29 de setembro de 2023, o levantamento contou com a participação de 19.153 respondentes, de 15 a 29 anos de idade.

“Eu não falhei. Apenas descobri dez mil maneiras de não funcionar”. Essa frase foi publicada em um artigo de jornal de 1922, chamado “Thomas A. Edison: A Man Who Never Failed”. O célebre inventor, nesta entrevista, falou sobre a relevância de aprender com os erros. Para ele, o fracasso é uma parte do processo de inovação e, por isso, é importante não desistir quando algo der errado. Bem, o criador da lâmpada foi imortalizado e, hoje, é difícil achar algum lugar sem influência de suas invenções. Contudo, o produto final aqui, não é o mais relevante, mas sim o caminho percorrido.

Outra frase boa da Internet é: “a coragem só vem antes do medo no dicionário”. Ou seja, o receio é natural e muitas vezes a cobrança interior supera a exterior. “O que acontece se eu errar? Como os outros vão me julgar?”. Com ambição, vontade, desejo de vitória e seguindo em frente após um tropeço, será mais fácil alcançar um objetivo.

A maioria não tem medo do fracasso

A maior parte dos entrevistados, 31,60% (6.052), luta diariamente para ter sucesso na jornada e isso pode ajudar. “Depende para onde seu esforço está direcionado. O conhecimento sobre todos os aspectos do caminho a ser percorrido lhe dará maior conforto e menos insegurança de trilhá-lo. Só o esforço, sem sabedoria, vai elevar sua expectativa e a frustração será maior caso haja um fracasso, enquanto focar em aprender ao máximo possível no trajeto, um erro será encarado como mais uma oportunidade de adquirir experiência e continuar a missão”, comenta o analista de treinamento e desenvolvimento do Nube, Hugo Domenech.

Muitos têm essa característica apenas em assuntos específicos

Uma grande parcela, 31,08% (5.952), tem esse sentimento às vezes, mas o otimismo é mais forte. “Isso é normal em alguns momentos, especialmente na hora de desafios ou mudanças abruptas. Contudo, é preciso não se abater. Pensamentos positivos podem ajudar a enfrentar essa situação de forma saudável. Quando isso acontece, somos mais propensos a nos esforçar ao máximo e a superar barreiras. Ademais, é fundamental evitar comparações com os outros. Cada pessoa tem seu próprio tempo e ritmo”, diz o especialista.

Alguns se esforçam para não terem essa vivência

É a realidade de 16,85% (3.227) em relação ao tema. No entanto, isso pode atrapalhar. “Esse sentimento impede de correr riscos e tomar decisões. Se o indivíduo está sempre com medo de errar, será mais hesitante e inseguro. Isso interfere em entrevistas de estágio ou emprego, negociações e outros momentos cruciais. O desespero atrapalha a fazer as melhores escolhas”, afirma o analista.

Outros sofrem ao se imaginar nessa situação

Para 11,87% dos entrevistados (2.273), é ruim ver alguém nessa situação e se colocar naquele lugar. ”Nós, Homo Sapiens, tivemos como diferencial evolutivo a comunicação. Atuar em grupo, dividir experiências e passá-las à frente. Isso funciona a milhares de anos por um motivo. Quando vamos percorrer um caminho, seja um novo trabalho, função ou qualquer atividade da mais simples a mais complicada, pensamos em diversas possibilidades, tentando antever qualquer imprevisto e finalizar a demanda da melhor forma. Se algo não ocorreu como o esperado, foi porque nesse exercício mental, o repertório não era suficiente para prever a adversidade. Escutar quem já vivenciou isso trará exemplos e mostrará como é viável superar os obstáculos”, complementa Domenech.

Uma pequena parcela nem cogita essa possibilidade

Por fim, 8,61% (1.649) acreditam muito em seu potencial e essa chance nem existe em suas cabeças. “Uma pessoa confiante não encara um desafio igual a alguém tomado pelo medo. Para ela, não é uma questão de ’se terei sucesso’ e sim quando isso ocorrerá. Essa característica ajuda a correr riscos calculados. Crendo em nós mesmos, a probabilidade de bons resultados é maior”, conclui o especialista do Nube.

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