Ilustradas por diferentes artistas, as histórias de A cidade sem nome e outros contos em quadrinhos refletem a multiplicidade do universo criado por um dos maiores influenciadores de Stephen King
Com sua literatura de “horror cósmico”, H. P. Lovecraft se tornou referência tanto para seu contemporâneo Robert Bloch, diretor de
Psicose, como para Stephen King, um dos autores mais aclamados da atualidade. Em
A cidade sem nome e outros contos em quadrinhos, nove de suas histórias curtas ganham ainda mais intensidade com a linguagem das HQ’s. Colaboram com a coletânea o escritor e editor Pat Mills, conhecido como o “padrinho dos quadrinhos britânicos”, o premiado ilustrador húngaro Atilla Futaki e outros 16 grandes nomes do meio das HQ’s.
Sob a organização do editor britânico especializado em graphic novels Dan Lockwood, vencedor do prêmio CILIP Kate Greenaway Medal em 2015, nove adaptadores e nove ilustradores de diferentes nacionalidades trabalharam no livro. A partir de distintos estilos narrativos e artísticos, os contos em quadrinhos espelham a pluralidade do universo macabro de Lovecraft. “Essas adaptações visuais servem como comentários reveladores de novas dimensões das histórias”, diz o escritor, teólogo e grande admirador da obra de Lovecraft, Robert M. Price no prefácio do livro.
HOWARD PHILLIPS LOVECRAFT (1890-1937) foi um escritor de terror dedicado aos temas da insanidade, da culpa e da insignificância humana. Cunhou o conceito do “horror cósmico”, cenário em que monstruosidades alienígenas malignas e velhos deuses tentam se sobrepor à humanidade. Embora não tenha visto seu trabalho alcançar a fama, Lovecraft é reconhecido hoje em dia como um dos autores mais importantes do estilo macabro no século XX. Seu trabalho influenciou vários de seus contemporâneos, como Robert E. Howard (de Conan, o bárbaro) e Robert Bloch (de Psicose) e, mais recentemente, inspirou vários autores do gênero fantástico, incluindo Stephen King, Alan Moore e Neil Gaiman, além dos diretores John Carpenter, Stuart Gordon e Guillermo del Toro.
