Goiás é a segunda maior região do país com animais em casa: 56,3% dos domicílios têm ao menos um cachorro

Dados são da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Abril Laranja alerta sobre a importância de denunciar maus-tratos e crueldade animal

Cerca de 33,8 milhões de unidades domiciliares possuem ao menos um cachorro, de acordo com dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Isso corresponde a 46,1% dos domicílios de todo o país. Em Goiás, a estimativa é de 56,3% de domicílios, perdendo apenas para a região Sul (57,4%). Em contrapartida, casos e suspeitas de maus-tratos têm se tornado cada vez mais constantes em todo o Brasil.

Agressão, privação de alimento, uso de substâncias químicas, abandono em vias públicas, residências fechadas ou inabitadas com animais deixados no local, são sinais de maus-tratos a animais e estão previstos por lei em Goiás, (nº 20629/2019), sancionada pelo governador Ronaldo Caiado (DEM).

Neste mês, intitulado como Abril Laranja, de prevenção contra a crueldade animal, vem à tona a seriedade e a importância de debates do assunto em órgãos reguladores. Para o veterinário Hebert Justo, ainda há muitos casos de maus-tratos acontecendo diariamente.

“Já atendi muito casos, como facada e tiros de chumbinho, mas o que mais me marcou foi uma cadela vitima de estupro”, completa o veterinário.

Hebert analisa que muito ainda precisa ser discutido e divulgado pelos órgãos reguladores e reforça: “Maus-tratos é um crime e não somente uma crueldade qualquer. Além da seriedade dos órgãos para tratar sobre esse assunto é fundamental também a conscientização da população”, pontua o veterinário.

Segundo ele, a violência física presente nos maus-tratos pode gerar também traumas psicológicos nos animais como mudança comportamental, agressividade, medo e perda de socialização com outros animais ou humanos.

Denúncias de casos ou suspeitas de maus-tratos podem ser feitas na Delegacia do Meio Ambiente pelo telefone 197, ou na Polícia Militar Ambiental, no número 190. Casos com profissionais da área envolvidos devem também ser repassados ao Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV).

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