Frei Betto lança, pela Rocco, o romance TOM VERMELHO DO VERDE

Em romance que começou a ser escrito há cinco anos, Frei Betto recupera a dramática história dos Waimiri-Atroari, mergulha nos bastidores da construção da BR-174 e ergue a voz em defesa dos povos indígenas

Muitas foram as formas de agressão sofridas, ao longo dos séculos, pelos Waimiri-Atroari. Suas terras, localizadas na região Amazônica, foram alvos de diversas invasões. Seus integrantes foram encurralados, aprisionados, escravizados, queimados, assassinados. Em TOM VERMELHO DO VERDE, romance baseado em eventos históricos, Frei Betto revisita a trajetória dos Waimiri-Atroari e, em uma narrativa dolorosamente atual, denuncia a opressão forçada contra esta nação indígena, que se autodenomina Kinja – palavra que significa “gente de verdade”. A obra chega às lojas pela editora Rocco.

A trama, que começou a ser escrita há mais de cinco anos, tem como foco o drama vivido pelos Waimiri nos anos 1970, quando o governo militar brasileiro deu início à construção da rodovia BR-174. Em nome de um suposto progresso, com os olhos pregados nos lucros que a exploração dos recursos naturais e a implantação de iniciativas agropecuárias poderiam trazer, o coronel Luiz Fontoura, um dos personagens do livro, tem como maior ambição “retalhar a selva de estradas”. Suas ideias vão ao encontro dos projetos do governo ditatorial e têm resultados catastróficos para a floresta e seus povos originários.

TOM VERMELHO DO VERDE é um romance que cativa o leitor desde as primeiras páginas e reúne informações cruciais para uma compreensão mais profunda do Brasil de hoje. Uma leitura necessária e urgente em um momento no qual os povos indígenas sofrem impensáveis pressões para deixar que suas terras sejam exploradas por companhias mineradoras e madeireiras que causam danos ecológicos irreparáveis.

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