Distúrbio Androgênico do Envelhecimento Masculino
A partir dos 40 anos de idade, estima-se que os níveis de testosterona dos homens, diminuam cerca de 1% ao ano. De acordo com o médico urologista, membro da Sociedade Brasileira de Urologia, Rodrigo Trivilato, o Distúrbio Androgênico do Envelhecimento Masculino (DAEM) é parte do processo natural de envelhecimento masculino, caracterizado por um declínio progressivo e lento da função das gônadas masculinas (testículos), responsáveis pela produção de testosterona, o principal hormônio sexual masculino.
O tratamento é realizado por meio de terapia de reposição de testosterona (TRT), associado a mudanças na alimentação e prática de atividade física. Vale destacar que os pacientes que necessitam de terapia de reposição, precisam entender que o tratamento requer acompanhamento médico periódico. “A terapia de reposição deve ser indicada para pacientes com o distúrbio, clinicamente significante, após a discussão das vantagens e possíveis efeitos adversos. O médico não deve se basear apenas em valores laboratoriais, mas também nos sinais e sintomas relatados pelo paciente”, ressalta o Dr. Rodrigo Trivilato.
Todo homem está sujeito a passar por esse período, mas os sintomas e intensidade estão relacionados à qualidade de vida dele. “O homem que seguiu uma dieta balanceada, realizou atividade física regular, não ganhou peso corporal, não fumou e não fez uso abusivo de bebidas alcoólicas pode sofrer menos e não necessitar de reposição hormonal”, enfatiza o urologista. Entre os sintomas, categorizados como sexuais e não sexuais, estão: diminuição do desejo sexual, problemas de ereção, obesidade, perda de massa muscular, depressão, fadiga, perda de pelos corporais, redução da sensação de vitalidade e anemia.
Tratamento
A terapia de reposição hormonal pode ser realizada por meio da reposição exógena (forma artificial administrada como suplemento) de testosterona que pode ser feita por via oral, transdérmica (aplicação na pele), subcutânea ou intramuscular. Pode também ser realizada com terapia que estimula a produção endógena (natural do organismo) de testosterona.
O especialista explica que o não tratamento pode levar a um aumento do risco de morte por doença cardiovascular, além de um crescimento nas chances de desenvolver depressão, obesidade, perda de massas muscular e óssea, problemas de ereção e diminuição da vontade de ter relações sexuais.