Croácia adota euro e entra no espaço de livre circulação europeu
A Croácia adotou o euro como moeda neste domingo (1º) e se integrou ao espaço Schengen de livre circulação — dois grandes passos para esse pequeno país dos Bálcãs, que entrou na União Europeia há cerca de uma década.
À meia-noite de domingo (20h de sábado 31, em Brasília), os croatas se despediram não apenas de 2022, mas também da própria moeda, a kuna.
A Croácia se tornou, assim, o 20º país da zona do euro, dos 27 que formam a União Europeia. Também passou a ser o 27º Estado a aderir ao espaço Schengen, uma ampla região com mais de 400 milhões de europeus que podem viajar livremente, sem controle nas fronteiras domésticas.
Esse espaço é integrado principalmente por países do bloco europeu, além de Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, chegou neste domingo ao país do Bálcãs para celebrar esses dois acontecimentos. “Não há nenhum lugar na Europa onde o ideal [europeu] seja mais verdadeiro do que aqui na Croácia”, tuitou Von der Leyen.
A presidente da Comissão se reuniu, primeiro, com o primeiro-ministro croata, Andrej Plenkovic, e com o presidente esloveno, Pirc Musar, em um posto fronteiriço entre os dois países. De lá, seguiu para a capital croata, Zagreb.
“É um dia que será lembrado nos livros de história”, destacou Von der Leyen em declarações no posto fronteiriço, enquanto Plenkovic disse se tratar de um “momento histórico”.
A Croácia se tornou independente da Iugoslávia em 1991, após uma guerra em que morreram cerca de 20 mil pessoas. Desde julho de 2013, fazia parte da União Europeia.
A entrada na zona do euro e no espaço Schengen representa “dois objetivos estratégicos para alcançar uma maior integração na União Europeia”, destacou o premiê croata na última quarta-feira (27).
Diante da atual crise energética, acentuada pela guerra na Ucrânia, a economia croata sofreu em novembro com uma inflação de 13,5%, superior à média de 10% na zona do euro.
Em uma mensagem de vídeo divulgada neste domingo, o presidente francês, Emmanuel Macron, disse esperar que o euro traga “estabilidade e solidez monetária” ao país.