
Cooperativas goianas avaliam Porto do Açu como rota estratégica para exportações
Visita técnica liderada pelo Sistema OCB/GO busca acesso ao mercado internacional para produtos das cooperativas de Goiás
O Porto do Açu, em São João da Barra (RJ), pode se tornar uma importante alternativa para as exportações de cooperativas de Goiás, especialmente as que atuam no ramo do agronegócio. É o que constatou a comitiva liderada pelo Sistema OCB/GO, nesta quarta e quinta-feira (14 e 15/05), em visita técnica à cidade fluminense, para conhecer as operações do porto e sua estrutura.
O Porto do Açu é o maior complexo industrial e portuário da América Latina, com 11 terminais privados e 22 empresas instaladas. Em operação há mais de uma década, expandiu recentemente suas atividades para combustíveis de baixo carbono e grãos.
A comitiva contou com a presença de representantes das cooperativas agropecuárias Comiva, Complem, Coapil e Central Rede. Teve também apoio da Associação Pró-Desenvolvimento Industrial do Estado de Goiás (Adial).
“Estamos analisando rotas, logística e custos dessa grande estrutura do porto. É mais um passo que damos em prol de aumentar os negócios e a inserção das cooperativas goianas no mercado internacional”, disse Luís Alberto Pereira, presidente do Sistema OCB/GO. Ele explicou ainda que a visita é um desdobramento de reunião realizada por cooperativas goianas com executivos do porto, há cerca de um mês, na Casa do Cooperativismo, em Goiânia.
Na ocasião, Eugênio Figueiredo, CEO do Porto do Açu, ressaltou a possibilidade de parceria com as cooperativas goianas. Disse ainda que queria “oferecer um novo corredor logístico e ajudar no escoamento da produção”.
Sérgio Penido, presidente da Cooperativa Mista dos Produtores de Leite de Morrinhos (Complem), afirma que uma parceria envolvendo o capital de várias cooperativas pode abrir uma oportunidade futura de exportação de grãos.
Cássio Teodoro, presidente da Cooperativa Mista Agropecuária do Vale do Araguaia (Comiva), acrescentou que a visita “deve trazer grandes oportunidades”. O dirigente acredita que as cooperativas goianas têm cada vez maior potencial para ganharem o mercado externo.