Concluída a primeira etapa do resgate das Ruínas do Antigo Arraial de Ouro Fino

As ruínas receberam tratamento emergencial de consolidação e cobertura provisória pelo Iphan

A ação emergencial de resgate das Ruínas do Antigo Arraial de Ouro Fino – exemplar da memória e história do povo goiano – teve sua primeira etapa concluída. Os trabalhos conduzidos pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) visaram a consolidação das alvenarias a partir da injeção de argamassa, a estabilização e o escoramento das estruturas desagregadas, a reparação e o tratamento dos pontos de infiltração.
Com a finalidade de evitar novos registros de umidade, as ruínas também receberam cobertura provisória, uma vez que se encontravam expostas ao tempo, recebendo altos índices solares e chuva. No total, R$ 330 mil foram investidos, recurso proveniente de medida compensatória de ajustamento de conduta relacionada ao licenciamento ambiental. Trata-se da primeira ação de preservação das ruínas promovida pelo Iphan, autarquia federal vinculada à Secretaria Especial da Cultura e ao Ministério do Turismo.
Em Arraial de Ouro Fino, localizado na região da cidade de Goiás, é possível ver ruínas da Igreja Nossa Senhora do Pilar, de casarios, de lápide do cemitério local e outras características materiais de ocupação. São vestígios que ajudam a rememorar o passado goiano em um povoado que desapareceu, mas que se mantém preservado pelas recordações e memórias das famílias que habitaram na região. É um local de reconhecimento nacional, eternizado na música de Chico Mineiro.
O arqueólogo do Iphan-GO, Danilo Curado, avalia que a primeira intervenção nas ruínas foi um desafio e requereu agilidade dos técnicos do Instituto no sentido de pensar em uma ação emergencial e eficaz. “As ruínas estavam em um estado avançado de deterioração devido ao desgaste natural e a superintendência em Goiás atuou de forma a preservar os vestígios de um povoado que fez história. Ouro Fino é um local de riqueza arqueológica ímpar e essa ação vem resgatar um passado já eternizado”, diz o arqueólogo.

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