Cia Catavento encerra 2023 circulando o espetáculo “hi.a.to” pelo interior de Goiás

Companhia vai passar por Pirenópolis, Cidade de Goiás, Goianésia e Anápolis no mês de dezembro. Primeira apresentação é na sexta-feira (1/12)

Antes que as cortinas de 2023 se fechem, a Cia Circense Catavento vai circular pelo interior de Goiás com o espetáculo “hi.a.to” no mês de dezembro. A companhia vai apresentar o trabalho no dia 1º no Cine Pirineus, em Pirenópolis e no dia 2 no Teatro São Joaquim, na Cidade de Goiás. Em seguida, Catavento leva o espetáculo para o Teatro Municipal de Goianésia no dia 17/12 e para o Teatro Municipal de Anápolis no dia 21/12. Todas as apresentações acontecerão às 20 horas e são gratuitas. A classificação indicativa é de dez anos.

O espetáculo, que apresentará ao público números com trapézio, tecido e passeio aéreo, ainda oferece uma trilha sonora autoral que vai oferecer uma experiência estética e sensorial sobre esses sentimentos narrados pelo artista e diretor Felipe Nicknig. Ao longo dos últimos anos, o diretor tem investigado bastante sobre a técnica circense nas acrobacias aéreas e difundido bastante o trabalho com os aéreos dinâmicos. Além disso, tem se debruçado sobre questões estéticas em busca de possibilidades e formas do fazer circense. “Circular pelo interior do estado com o Hiato é uma oportunidade de levar nossas produções para diferentes públicos, isso fortalece o trabalho da companhia e amadurece o espetáculo, além de democratizar o acesso ao circo, às produções goianas e contribuir diretamente com a formação de público”, comenta o artista.

O projeto de circulação, que tem apoio do Fundo de Arte e Cultura, ainda ofereceu quatro oficinas ao público. Em outubro, a companhia realizou em sua sede uma oficina de introdução à maquiagem artística e à caracterização e outra de experimentações aéreas, com Felipe Nicknig. Em novembro, a Catavento ainda ofereceu oficina de iniciação circense com acessibilidade para crianças no Centro Brasileiro de Reabilitação e Apoio ao Deficiente Visual, Cebrav e para crianças da Associação de Surdos de Goiânia.

“Com as oficinas sempre temos a oportunidade de compartilhar com estudantes de circo, artistas locais e o público em geral o trabalho técnico/estético que a companhia vem desenvolvendo. Ali  trabalhamos o resultado de nossas pesquisas estéticas e do desenvolvimento técnico, entregando para o público nossa bagagem e experiência”, comenta Nicknig sobre o trabalho realizado.

O espetáculo

Para que serve a utopia? Quando Eduardo Galeano foi interpelado por essa questão ele respondeu: “para caminhar”. É esse sentimento que move Felipe Nicknig, diretor da Companhia Catavento, e que o inspirou na criação de seu mais novo espetáculo “Hi.a.to”, uma primeira aproximação do trabalho de investigação de Nicknig sobre instabilidade e estabilidade. “Caminhar é transitar nesta linha tênue que se constitui entre a estabilidade e instabilidade. Este caminhar é sobre a vida, sobre o viver, sobre todos os desafios, anseios, medos e coragens que se interpõem na caminhada contra a nossa vontade”, compartilha o diretor sobre os sentimentos que atravessam esse espetáculo.

Hiato, na língua portuguesa, significa o encontro de duas vogais que pertencem a sílabas diferentes, ou seja, se constituem, estão juntas e separadas ao mesmo tempo. Também representa o encontro de duas pessoas em cena que experimentam essa linha tênue entre instabilidade e estabilidade, equilíbrio e desequilíbrio, explorando as possibilidades desta relação, sem romper com nenhum dos lados, afinal de contas é necessário certa prudência.

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