Check-up médico regular contribui com a prevenção de doenças e a qualidade de vida
Especialista do Hospital Israelita Albert Einstein Goiânia fala sobre o momento certo e a importância de fazer a avaliação médica. Unidade de saúde oferece roteiro personalizado com consultas e exames realizados em meio período em um único local
Intermináveis baterias de exames e a sensação de perder vários dias com consultas. É essa a percepção que muitas pessoas têm quando se fala em um check-up médico completo, resultando no adiamento desse momento de cuidado com a saúde. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em um estudo de julho de 2021, cerca de 70,6 milhões de brasileiros não realizam uma avaliação médica preventiva anualmente. Para encorajar esse público, a boa notícia é que a realidade dos check-ups atualmente contempla um momento personalizado de acordo com faixa etária, gênero e histórico de saúde, muito mais rápido, equilibrando o exame clínico com exames de imagem e laboratoriais. No Hospital Israelita Albert Einstein Goiânia, por exemplo, o paciente passa por consultas médicas e exames de medicina diagnóstica em até 6 horas (tempo médio), tudo no mesmo local.
O coordenador médico da medicina diagnóstica da unidade, Hugo Pereira Pinto Gama, alerta que realizar o check-up regularmente é fundamental para prevenir e identificar doenças graves e que se instalam de forma silenciosa, como o diabetes, a hipertensão, o colesterol alto e alguns tipos de câncer, aumentando as chances de sucesso no tratamento. Dados da Pesquisa Nacional de Saúde realizada em 2019 revelaram que havia mais de 38 milhões de hipertensos e mais de 12 milhões de pessoas com diabetes no Brasil. A hipertensão arterial e o diabetes mellitus são, juntos, as principais causas de mortes cardiovasculares no país e no mundo.
O especialista do Einstein explica que o check-up consiste em uma avaliação médica periódica, idealmente anual, na qual se faz uma revisão do estado de saúde atual, do histórico médico pessoal e familiar, bem como dos riscos comportamentais do paciente. “Com base no conjunto das informações obtidas na consulta e no risco que cada paciente apresenta para determinada doença são solicitados os exames complementares e realizados os encaminhamentos necessários”, detalha.
Dentro do check-up de rotina, os exames solicitados variam conforme o gênero e a idade. No entanto, geralmente incluem análises de sangue, exames de imagem, como ultrassonografia, e avaliação clínica abrangente. As avaliações laboratoriais, por sua vez, incluem hemograma, glicemia, colesterol, sorologia para doenças infecciosas, PSA (para homens acima de 40 anos), exame de urina tipo I, exame para HPV e colpocitologia oncótica (para mulheres). As demais análises não laboratoriais contemplam bioimpedância, teste ergométrico, ultrassom de abdômen total, ultrassom de próstata para homens, e ultrassom transvaginal e mamografia para mulheres.
O médico do Einstein Goiânia explica ainda que não existe uma idade certa definida para se iniciar o check-up, pois este não é o único fator a considerar para a realização dos exames. “Leva-se em conta também o risco comportamental, como sedentarismo, má alimentação, estresse, tabagismo e etilismo. Muitas doenças precisam ser rastreadas ainda na infância e adolescência, como a hipertensão arterial, e outras em adultos jovens, como a dislipidemia (colesterol elevado)”.
Hugo ressalta que é recomendado que sejam feitas avaliações periódicas mesmo em adultos jovens assintomáticos (com mais de 18 anos), com o objetivo de atuar sobre os riscos comportamentais e tratar eventuais doenças em curso inicial. No entanto, a frequência pode mudar com a idade, histórico médico e fatores de risco pessoais.