Charles Bento propõe que festas juninas sejam consideradas patrimônio cultural dos goianos
As festas juninas poderão se tornar patrimônio cultural e imaterial goiano, se for aprovado projeto apresentado na Casa pelo deputado Charles Bento (MDB). A propositura, de nº 6069/21, já passou pela Comissão de Constituição e Justiça e pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte, e está na pauta para ser apreciada em primeira discussão e votação, a partir de 15 de fevereiro, quando retornarem os trabalhos do Legislativo goiano.
Em suas justificativas, Bento lembra que junho é um dos meses mais esperados do ano em Goiás. Isso porque as tradicionais festas juninas são marcadas por comemorações repletas de fogueiras, bandeirilhas, danças e comidas típicas de Goiás.
De acordo com o projeto, a festividade, comemorada no mês de junho, segue o costume da Igreja Católica e com a mistura de outros povos e é celebrada com comidas e atividades típicas do estado.
“As celebrações vão desde as mais tradicionais, com venda de arroz doce e produtos derivados do milho, como pamonha, canjica, pipoca, bolo de milho verde, milho cozido, bolo de fubá e curau. Também fazem parte do cardápio, biscoito de polvilho, batata doce assada, e como bebida o tradicional quentão”, elucida a propositura.
A justificativa da matéria destaca, também, as mudanças culturais relacionadas às comemorações, com o passar dos anos. “Em Goiânia, o forró ganha espaço, além das músicas de roda. Na Villa Cavalcare, o Arraiá da Santa Ajuda e a melodia do estilo musical forró têm a intenção de auxiliar os solteiros a conseguir um parceiro no amor”, frisa.
Outro ponto em destaque está voltado à tradição das festas juninas dentro das escolas. “Com um misto de variados estilos, como hip hop, sertanejo, forró e outros gêneros musicais, os alunos se divertem com comidas típicas e decorações. A grande maioria dessas festas auxilia na arrecadação de fundos para as escolas. Nesse espaço, o público se mistura entre crianças e adultos”, pontua.
A propositura enaltece, ainda, as competições dos grupos da Federação de Quadrilheiros do Estado de Goiás e o Arraiá do Cerrado, promovidos anualmente. “A festa também difunde características do povo goiano e alegra a multidão”, pondera o texto, em sua justificativa, com a ressalva de que as reuniões festivas vão voltar a ocorrer com o fim da pandemia. (Fonte: Agência Assembleia de Notícias)