Calor extremo e queimadas provocam alta nos preços dos alimentos
Um dos impactos mais diretos é o aumento no preço da cesta básica, consequência da perda significativa de lavouras e da escassez de alimentos no mercado, o que atinge diretamente o bolso dos consumidores de baixa renda.
Esse cenário já é perceptível nas prateleiras dos supermercados, onde produtos básicos como o arroz apresentou uma alta de 15% nos últimos três meses. O Economista Danillo Orsida, pontua outras questões que foram determinantes, como: as enchentes no Rio Grande do Sul, ( um dos maiores produtores do grão no país) e o aumento da exportação do produto, que agora inclui o México.” Orsida afirmou que a alta no preço do arroz, tende a continuar nos próximos meses. Pois nessa conta, há que se considerar a alta na cotação do dólar e as eleições americanas.
Açúcar
Vale destacar que os canaviais do interior de São Paulo, Goiás e o estado de Minas Gerais foram duramente atingidos por queimadas no final de agosto, resultando na destruição de mais de 80 mil hectares de cana-de-açúcar. Com a seca que deve se prolongar, a safra será reduzida, e a entressafra poderá começar mais cedo, em meados de outubro. Esse cenário está pressionando os preços do açúcar no mercado internacional, que subiram 12% na última semana de agosto, com previsão de valores mais salgados até o final de 2024. Esse quadro deve impactar a curto prazo, no preço do Etanol e Gasolina.
Entenda o efeito cascata provocado pelos incêndios.
O repasse das altas aos consumidores, que começou em agosto, deve se intensificar até o fim do ano, refletindo no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O economista Danillo Orsida salienta o efeito cascata provocado pelas queimadas: “ Toda a cadeia produtiva sente os impactos no bolso. O custo logístico, o valor do frete, maquinários danificados por focos de incêndio, o caminhoneiro que transporta os produtos enfrentando estradas tomadas por uma cortina de fumaça, o que atrasa a distribuição nas cidades, o consumidor de baixa renda e prejuízos incalculáveis para o Meio Ambiente.