A goiana Nalini Cia de Dança leva apresentações e oficinas gratuitas para seis capitais brasileiras e interior de Goiás

O projeto tem início nesta semana, no Teatro SESC Centro, em Goiânia, e segue para Recife/PE, Belo Horizonte/MG, Rio de Janeiro/RJ, São Paulo/SP, Brasília/DF e Jataí/GO.

Nesta quinta-feira (1/9) a Cia de Dança Nalini, dirigida pela coreógrafa e bailarina Valeska Vaishnavi, dará início a uma longa e produtiva circulação nacional, com o espetáculo “Um mero deleite”. A turnê tem início em Goiânia, no Teatro SESC Centro, com duas apresentações, quinta e sexta-feira (1 e 2/9), às 19h, seguidas de bate-papo. No domingo (4/9) o grupo realiza também a oficina “Dança e movimentos para todos”, uma aula de contato/improvisação, na sede da Companhia (Setor Jaó – Rua J-31 com J-37).

Os ingressos são gratuitos, assim como a aula de dança, mas uma campanha de doação de livros está sendo feita, para que cada espectador doe, voluntariamente, uma obra literária, a ser entregue na entrada do Teatro. Os livros arrecadados serão doados para bibliotecas públicas. A retirada de ingressos pode ser feita na bilheteria do Teatro Sesc, das 8h às 18h. Para participar da oficina, é necessário enviar e-mail para naliniciadanca@gmail.com solicitando inscrição.

Três meses, sete cidades, seis capitais e três regiões do país

Ao longo de três meses a Nalini Cia. de Dança percorrerá seis capitais do Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste, além do interior de Goiás, levando sua obra para plateias das mais diversificadas. Assim, a companhia cria ainda mais lastro para a dança que é produzida em Goiás, já reconhecida em todo o mundo por sua singularidade estética e pela qualidade de produção e realização das obras.

Segundo a sua idealizadora, Valeska Vaishnavi, esta turnê nasceu do entusiasmo do grupo pelas diversas cenas contemporâneas da dança brasileira e do desejo de partilha entre os diversos saberes que estão se criando para as artes cênicas. Neste novo contexto, a todo momento surgem novas possibilidades de criações e experimentações. Em Recife, por exemplo, o espetáculo será visto pelo público do Festival Internacional Cena Cumplicidades, um evento consagrado, que reúne inúmeros artistas e propostas estéticas, e onde é possível estabelecer um ambiente de troca e de enriquecimento cultural.

Mas a coreógrafa pondera sobre o fato de ainda precisarem alcançar novos olhares aqui mesmo, em nosso estado, e por isso, ela reforça: “nosso desejo é de que nossa obra também seja assistida e sentida pelo público de nossa cidade e nosso estado, trazendo as pessoas cada vez mais pra perto do que a Nalini tem se proposto a criar. Por isso não abrimos mão de iniciar e encerrar esta turnê em nossa região, onde nasceu nossa Companhia, de forma a garantir esse acesso gratuito a um trabalho que realizamos com muito esforço, carinho e dedicação”.

Um mero deleite – a busca pela completude do amor

Uma busca inquietante pelo amor. A natureza humana nos impulsiona a buscar no outro os sentimentos, emoções, vivências que podem nos preencher naquilo que somos incompletos, projetando em outras pessoas o que pensamos necessitar para essa inteireza. O espetáculo tem como pano de fundo o mito do Andrógino, do filósofo Platão, que trata justamente dos seres completos e quase perfeitos, que são partidos ao meio pelos deuses, e, se sentindo mutilados, vagam por toda a vida em busca de sua outra metade.

As perguntas que nascem da dramaturgia da obra são sobre realmente precisarmos de outras pessoas para vivermos a plenitude da vida. Será esse amor romântico a solução para nossa inquietude? A Nalini acredita que é preciso encontrar a solução para esses vazios existenciais dentro de nós próprios. E é através dos encontros transitórios e meros deleites que o espetáculo tenta construir o real significado de se sentir pleno.

Sobre o grupo – A Nalini surgiu em 2016 e foi criada pela ex-bailarina da Quasar Cia. de Dança, Valeska Vaishnavi. Naquele ano, o grupo estreou dentro da programação do Festival Internacional Goiânia em Cena. Já em 2017, a Companhia foi convidada para abrir a Mostra SESI de Dança, em Goiânia. Além da presença constante nos palcos da nossa capital, Nalini também iniciou suas viagens logo em seu início, participando de eventos como o Festival de Dança do Triângulo, em Uberlândia, 27º Festival de Inverno de Garanhuns, em Pernambuco, Mostra de Artes Teatrais Integradas, em João Pessoa e também fez parte da programação do Festival Internacional Cena Cumplicidades em Recife.

Em dezembro de 2017 a Cia estreou “um mero deleite”, dentro da programação do FUGA UFG ‐ Festival Universitário de Artes Cênicas. O espetáculo foi convidado para fazer parte da programação da Mostra Aldeia SESC de Arte 2018 em Goiânia, realizando Intercâmbio com o Palco Giratório do SESC; se apresentou no 26° Festival de Dança do Triângulo em Uberlândia e no 16° Festival Internacional Goiânia em Cena.

Em fevereiro de 2018 a Cia participou da Mostra Paralelo 16, com a performance “Queer”. Em outubro de 2019, a Nalini estreou o trabalho solo “Titiksha”, interpretado por Valeska Vaishnavi, no Festival Internacional Cena Cumplicidades em Recife (PE). No mesmo mês, o solo se apresentou em Fortaleza (CE), no IX Festival de Monólogos Teatro e Dança/Solos Brasileiros, realizado no Teatro Dragão do Mar. No Ceará, o trabalho foi premiado como Melhor Espetáculo do Festival.

Ficha Técnica:

Direção e coreografia: Valeska Vaishnavi

Assistente de Direção e Produção: Dhyan Gandha

Intérpretes/criadores: Isabel Mamede, Inaê Silva, Roh Witcth, Dhyan Gandha e Gabriela Neri (esta última, como artista convidada)

Trilha sonora original: Erick Galdino

Desenho de luz e figurino: Dhyan Gandha e Valeska Vaishnavi

Produção Executiva: Marci Dornela – Lúdica Produções

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