Campanha nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência
A primeira semana de fevereiro é marcada pela campanha nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência, instituída pelo Ministério da Saúde, com a intenção de conscientizar e alertar sobre a gravidez precoce e suas consequências, como a prematuridade.
De acordo com o Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC), em 2.537.012 nascimentos registrados de prematuros no país, em 2023 (ano mais recente divulgado), a taxa média de prematuridade foi de 11,95%. Analisando por faixa etária, os dados se tornam mais alarmantes: meninas que se tornaram mães entre 10 e 14 anos somaram 2.608 partos de bebês prematuros*, enquanto, na faixa etária de 15 a 19 anos, o número aumenta significativamente: 37.237 partos de bebês prematuros.
No recorte de regiões, o destaque fica nas regiões Norte e Nordeste, onde o total de bebês prematuros nascidos de mães entre 10 e 14 anos é de 1.613 — quase o dobro do número registrado nas outras três regiões brasileiras juntas (Sul, Sudeste e Centro-Oeste), que somam 995 partos prematuros.
A ONG Prematuridade.com destaca sobre os impactos sociais na vida das mães precoces, assim como sua relação com questões financeiras e desenvolvimento acadêmico. “A gravidez precoce é uma grande bola de neve e requer a implementação de políticas públicas efetivas direcionadas a essa população, para um combate eficaz”, ressalta Denise Suguitani, diretora executiva da ONG, que está disponível, também, para explicar sobre os riscos à saúde da mãe, por se tratar de uma gravidez de alto risco, principalmente quando analisada a prematuridade.