Rio Meia Ponte entra em estágio crítico e Saneago volta a cogitar medidas restritivas de distribuição

Diante de um cenário crítico de seca prolongada, o rio Meia Ponte, um dos principais cursos d’água de Goiás, atingiu o nível de alerta crítico 3. A escassez hídrica, intensificada por 157 dias consecutivos sem chuvas, impõe uma nova realidade aos goianos, que agora enfrentam a necessidade de redobrar os cuidados no uso da água, até que as condições voltem à normalidade.
A Saneago orienta a população a evitar desperdício e consumo exagerado da água, diminuindo tempo de banhos, reaproveitamento e uso comedido. Caso contrário, Goiás vai contar com menor volume de distribuição. E mesmo assim, isso não vai refletir no custo mais baixo na hora de pagar o talão de água da empresa responsável pela distribuição.
A secretária de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás (Semad), Andréa Vulcanis, usou as redes sociais para alertar sobre a gravidade da situação e detalhar as medidas que o governo estadual pretende tomar para enfrentar a crise.

“Mais de 150 dias sem chuva e o nosso rio Meia Ponte tem sofrido drasticamente com essa seca e escassez hídrica. Os baixos índices de umidade relativa do ar e o calor, apontam a necessidade de restrições cada vez mais urgentes, até que a chuva chegue”, resumiu.
A vazão do Rio Meia ponte caiu 43% e do Rio Araguaia 71%.
Expedição educativa
Dezesseis equipes da Semad estão em campo, fiscalizando 83 pontos de captação no Alto Meia Ponte. Além da fiscalização, as equipes tem a missão de orientar e conscientizar empresários e produtores rurais sobre a importância do uso consciente da água.
Com a vazão do rio abaixo dos 3 mil litros por segundo, o Comitê da Bacia Hidrográfica do Meia Ponte determinou uma redução de 50% na captação de água, com exceção para o consumo doméstico e a criação de animais. Outra medida prevista é o contato direto com proprietários de barragens na região, alertando-os sobre a necessidade de liberar água para tentar amenizar a crise.
A escassez de água, agravada por um longo período sem chuvas, exige um esforço conjunto para garantir o abastecimento de Goiânia e região metropolitana. O momento é crucial e exige mudança de atitude, como enfatizado pela secretária Vulcanis, todos deverão colaborar até que a chuva alivie o sistema hídrico.

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