A ciência do bem-estar animal é destaque em Pesquisa FAPESP

Cientistas de diferentes áreas têm se ocupado em produzir conhecimento para reduzir o estresse e dar qualidade de vida aos animais, notadamente aqueles utilizados ou consumidos pelos seres humanos. Dessa mobilização surgiu um campo interdisciplinar: a ciência do bem-estar animal. A agenda pode parecer convergente com a das entidades de proteção, mas seus objetivos são diferentes. Do ponto de vista das ONGs, praticamente todo tipo de uso de animais é eticamente reprovável, enquanto os pesquisadores se concentram em dar a eles um tratamento digno e indolor, tentando reduzir, quando possível, seu uso, como no caso da experimentação animal. O tema foi tratado na reportagem de capa de Pesquisa FAPESP neste mês de julho.

A edição também informa que os macacos-prego podem apresentar no cérebro, à medida que envelhecem, os mesmos tipos de lesão que caracterizam a doença de Alzheimer. A descoberta foi descrita por pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP) e do Centro de Primatologia da Universidade de Brasília (UnB) na revista Scientific Reports. Segundo os autores, os achados podem abrir caminho para que esses animais sejam adotados como um modelo natural para estudar a evolução e o tratamento da doença de Alzheimer, a forma mais comum de demência nos seres humanos.

A entrevistada do mês é a bióloga Eliza Freire, professora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). A especialista em herpetologia conta como, ao longo da carreira, ocupou espaços antes exclusivos a homens, identificou novas espécies e ampliou o conhecimento sobre a diversidade de répteis da região Nordeste.

Outros temas tratados são: a falta de políticas para controlar ruídos urbanos, iniciativas para melhorar o conteúdo da Wikipedia, as estratégias das cidades-esponja contra enchentes; e os vírus de neandertais que circulam até hoje entre os humanos.

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