Vereadora Kátia discute atendimento às pessoas em situação de rua

A vereadora Kátia (PT) realizou, na manhã desta terça-feira (18), reunião para discutir a situação dos atendimentos e as políticas municipais voltadas às pessoas que vivem nas ruas de Goiânia. A reunião contou com professores da Universidade Federal de Goiás (UFG) e da PUC-GO, além de servidores dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps), da Casa de Acolhida Cidadã e do Centro POP de Goiânia.

Presidente da Comissão de Saúde e Assistência Social da Câmara, Kátia demonstrou preocupação com o tema. Segundo ela, apesar do aumento no número de moradores em situação rua na capital, observa-se deficiência no atendimento e no acolhimento dessas pessoas. “Apesar desse crescimento significativo, é perceptível a inoperância da Prefeitura em apresentar o Plano Municipal de Políticas para a População em Situação de Rua”, afirmou a vereadora. “O plano foi estabelecido como obrigatoriedade pelo Supremo Tribunal Federal (STF), mas Goiânia ainda não apresentou o seu”, completou.

De acordo com a parlamentar, a reunião também representou o embrião de um projeto intitulado “POP Rua Cidadã”, que pretende melhorar condições de atendimento e de acolhimento de quem vive em situação de rua. A iniciativa envolverá diversas instituições e buscará soluções para melhorar tanto o acolhimento quanto a qualidade de vida desses cidadãos. “Queremos que as ruas de Goiânia também sejam cidadãs e que essas pessoas possam ter uma vida mais digna”, enfatizou Kátia.

Para a vereadora, o projeto deverá resultar na adoção de medidas concretas pela Prefeitura. “Assim como aconteceu com o Viva o Centro, que provocou a Prefeitura a criar o Centraliza, acredito que o POP Rua Cidadã irá despertar na gestão municipal ações para que possamos solucionar e melhorar a vida dessa população”, disse.

Em seu mandato, Kátia já destinou R$ 800 mil em emendas parlamentares à UFG, à PUC-GO e aos Caps. “Sabemos que esses recursos não são suficientes, mas é uma ação concreta para tentarmos melhorar as condições dos centros de atendimento, das casas de acolhida, da formação de profissionais e de pesquisas sobre esses cidadãos em situação de rua”, explicou.

Números

O último levantamento sobre a população em situação de rua na capital foi realizado, em 2019, pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Criminalidade e Violência (Necrivi), da UFG. Naquele ano, Goiânia contava com 1.200 pessoas vivendo nas ruas. A partir de 2020, com a pandemia de Covid-19, percebeu-se aumento no número de pessoas em situação de vulnerabilidade – apesar da falta de dados concretos –, em decorrência da escassez de empregos e de moradias acessíveis, bem como por causa de problemas envolvendo saúde mental, álcool e drogas.

Além de a Prefeitura ainda não ter apresentado o Plano Municipal de Políticas para a População em Situação de Rua, servidores das unidades de atendimento e de acolhimento a esses cidadãos denunciam falta de recursos e de vagas; más condições de trabalho; e infraestrutura precária nas unidades para atendimento adequado. “A demanda por esses centros é muito maior do que o ofertado pela Prefeitura. Muitas dessas pessoas estão nas ruas porque não encontram um lugar que possa acolhê-las com qualidade”, afirmou Kátia. “Hoje temos 20, 30 pessoas que dormem na porta do Centro POP. Moro ali perto e vejo essa situação todas as noites. Queremos, com o projeto, mitigar problemas e dar mais dignidade a esses cidadãos”, concluiu.

*Com informações da assessoria de comunicação do vereador

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