Empresas adotam software de roteirização para melhor retenção de colaboradores
O transporte público permeia o dia a dia do brasileiro, seja para ir ao trabalho, à faculdade, compras ou lazer. Sua gestão dinâmica é crucial para garantir a fluidez da vida urbana e o bem-estar da população. Dados do World Resources Institute (WRI) revelam que 80% dos deslocamentos urbanos no Brasil têm como destino o trabalho ou o estudo, evidenciando a importância dos trens, ônibus e metrôs na rotina da população.
O tempo excessivo gasto no transporte público pelos brasileiros, especialmente em grandes centros urbanos, repercute não apenas em sua vida pessoal mas, também, no desempenho profissional e nos negócios das empresas. As horas perdidas no trajeto afetam o tempo livre, a saúde mental e a qualidade de vida dos indivíduos, como explica Gisele Andrade, especialista em Recursos Humanos da RB Serviços, empresa líder em benefícios corporativos.
“A mobilidade urbana e seus problemas trazem uma queda de rendimento, atrasos, faltas, absenteísmos, dificuldades na retenção de talentos e isso nós podemos comprovar – esses são apenas alguns dos desafios enfrentados pelas companhias, impactando negativamente na gestão do RH. Diante disso, medidas como investimentos em infraestrutura e qualidade do transporte público, flexibilização do trabalho e incentivo à alternativa de transporte por meio de soluções vindas do RH, apoio de políticas públicas e convênios com o âmbito Federal, Estadual e Municipal são ações essenciais para construir um futuro mais sustentável e com qualidade de vida (profissional e pessoal)”, conta Andrade.
Quando a especialista cita sobre as soluções dos problemas com a mobilidade urbana no país e como isso afeta no engajamento, retenção e, até mesmo, aquisição de talentos; ela está se referindo, por exemplo, nos trajetos longos de casa até o trabalho, conexões sem necessidades entre ônibus e trens, além do gasto excessivo de passagens para arcar com essas viagens longas diariamente.
O levantamento feito pelaConfederação Nacional de Dirigentes Lojistas/ SPC (CNDL) alerta que moradores de grandes centros utilizam, em média, 2,5 conduções diariamente. Sendo assim, tecnologias para proporcionar a otimização de conexões entre ônibus e trens e possibilidades de diminuir o tempo gasto de ida e volta até o emprego podem ser solvências na mobilidade de cada colaborador. Isso resultará no melhor desempenho interno, longevidade na companhia e na sustentabilidade das cidades.
“A companhia perde talentos quando não estuda a rota do colaborador. Ou seja, não há recrutamento eficaz vindo do RH, que faça um profissional que a empresa esteja querendo contratar, aceitar uma proposta onde o percurso entre casa e trabalho seja longo demais. Em outras palavras, atualmente, as empresas estão perdendo talentos por não acompanharem de perto os índices de mobilidade de cada funcionário.”, alerta Andrade.
Software de roteirização
A gestora de benefícios RB, em que a especialista Gisele gerencia, criou um software que colabora com a redução do trajeto de cada trabalhador. Essa auditoria de caminho consiste na padronização dos gastos por região através da roteirização dos percursos de cada colaborador, apresentando informações como: tempo de caminhada, linha de transporte ideal, locais de embarque e desembarque e tarifas. Os funcionários, por meio dessa tecnologia, são beneficiados com redução de tempo no trajeto e, consequentemente, melhoram os índices de satisfação.
“A roteirização é apenas uma das medidas que as empresas podem aderir para melhorar a gestão do VT e colaborar com soluções voltadas à mobilidade urbana no país. Quando as companhias pensam em ações de diminuição do tempo de ida e volta do trabalho, desenvolvendo rotas mais elaboradas e personalizadas, por exemplo, isso faz com que o funcionário tenha mais tempo livre, proporcionando para si mesmo menor efeito estresse, mais períodos disponíveis para se profissionalizar com estudos entre outras maneiras de aproveitar. Em consequência, isso trará engajamento, sentimento de fidelidade e fortalecimento da cultura organizacional organicamente”, finaliza a especialista em RH, da RB Serviços, Gisele Andrade.