Morre, nesta 6ª-feira, Bariani Ortêncio. A Alego aprovou homenagem ao centenário do escritor, celebrado este ano
O escritor e folclorista Bariani Ortêncio morreu, aos 100 anos, na tarde desta sexta-feira, 15, em Goiânia. O velório teve início as 6 horas deste sábado, no Cemitério Jardim das Palmeiras, e o enterro será no Cemitério Santana, em Campinas. Ele sofreu um AVC em 2022 e, desde então, não saia mais de casa, onde funciona o instituto que tem o seu nome, em frente à Praça Cívica.
Na Assembleia, o deputado Dr. George Morais (PDT) é autor de projeto que homenageia o centenário de Bariani. Aprovada, em duas votações, na Alego, em agosto, foi sancionada a Lei Estadual nº 22.222 (originalmente projeto de lei nº 773/23), com o objetivo de comemorar o Ano Escritor Bariani Ortêncio, com solenidades e festividades como forma de homenagem ao centenário de nascimento dele, completado no dia 24 de julho deste ano.
Importância de Bariani
Waldomiro Bariani Ortêncio é um talento multifacetado: escritor, ensaísta, pesquisador, memorialista, contista, cronista, romancista, ficcionista, folclorista, pensador, intelectual, letrista, produtor cultural, articulista, jornalista, ativista, literato, administrador, conferencista, orador e poeta. Além disso, tinha sido, antes, alfaiate, jogador de futebol, professor de matemática, comerciante, industrial, fazendeiro e minerador.
Bariani Ortêncio nasceu em Igarapava (SP) em 1923. Em 1930, começou seu curso primário. Em 1931, passou a trabalhar nas lojas Casas Pernambucanas. O escritor reside em Goiânia desde 1939 com sua família, tendo morado no bairro de Campinas. Jogou pelo Clube Atlético Goianiense e se estabeleceu no comércio de discos musicais, fundando o Bazar Paulistinha, na Avenida Anhanguera, no Centro de Goiânia.
É autor de vários livros, como por exemplo: “Dicionário Do Brasil Central” (1983), “Sertão Sem Fim” (1965), “Morte Sob Encomenda” (1974), “A Cozinha Goiana” (1967), “Medicina Popular Do Centro-Oeste” (1994) e “Cartilha Do Folclore Brasileiro” (1997).
Ele também compôs várias músicas, muitas delas gravadas por intérpretes reconhecidos. Em 1960, com a inauguração da nova capital do Brasil, a Orquestra e Coro RGE gravaram a marcha “Brasília, 21 anos”, de sua autoria. No mesmo disco, gravou “Brasília, a Capital da Esperança”, em parceria com Henrique Simonetti e Capitão Furtado.
O escritor é fundador da Academia Goianiense de Letras e foi o primeiro titular da cadeira 23. Em 1961, foi eleito para a Academia Goiana de Letras, na cadeira 9, cujo patrono é Antônio Americano do Brasil, e, em 1966, tornou-se presidente da União Brasileira de Escritores de Goiás (UBE-GO). No Instituto Histórico e Geográfico de Goiás é o 1° titular da cadeira 46, cujo patrono é o Pe. Manuel Aires de Casal. Fonte: Agência Assembleia de Notícias