Cresce Síndrome Mão-Pé-Boca. Especialista dá dicas sobre como evitar e tratar a doeça
A Síndrome mão-pé-boca (SMPB) é considerada uma doença benigna, tendo tratamento somente para os sintomas. No mês de maio, a Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO), divulgou registro de 646 casos suspeitos, sendo aproximadamente 500 casos confirmados. Foram 56 surtos em 14 municípios entre janeiro e abril de 2023.
No ano passado ocorreu um surto em cinco estados do centro-sul do país. De acordo com o diretor geral do Hospital e Maternidade América, Dr. Wesley Medeiros, a sazonalidade de doenças virais era esperada.
“Depois da pandemia da covid, onde tivemos o isolamento das crianças, não houve ocorrência de casos por dois anos, ocorrendo uma mudança no padrão epidemiológico, previsto pela medicina”, esclarece o médico Wesley Medeiros.
A doença mão-pé-boca é uma enfermidade contagiosa causada pelo vírus Coxsackie da família dos enterovírus e ainda não tem vacina para combatê-lo. É um vírus presente no sistema digestivo de crianças e adultos. É mais comum o acometimento na infância, antes dos cinco anos de idade. O nome da doença se deve ao fato de que as lesões aparecem mais comumente em mãos, pés e boca. Os sinais comuns da doença iniciam-se com febre alta, logo depois começam a surgir lesões na boca, amígdalas e faringe, também manchas vermelhas que podem se abrir sendo muito doloridas. Surgem bolhas nas palmas das mãos, nas plantas dos pés, podendo aparecer nas nádegas e região genital. A criança sente muito mal-estar, fica sem apetite, diarreia e vômito. A criança costuma babar pois sente dificuldade de engolir pela dor causada pelas ulcerações.
Altamente contagiosa, a transmissão da doença acontece por contato direto entre as pessoas, através das fezes, saliva e outras secreções, ou então através de alimentos e de objetos contaminados. “A transmissão do vírus pelas fezes, ainda pode acontecer por até quatro semanas após a criança já ter se recuperado. Por este motivo, o isolamento é essencial, tirando a criança infectada do convívio de outras crianças para quebrar a cadeia do contágio”, ressalta o Dr. Wesley.
Como ocorre com outras infecções por vírus, a doença regride espontaneamente depois de alguns dias. “O tratamento é feito para aliviar os sintomas, remédios para febre, vômito, diarreia e ter atenção para a ingestão de líquidos, pois a doença não chega a ser grave, porém, é dolorosa para a criança, já que a criança com lesões na boca fica sem beber e comer, o que pode progredir para uma desidratação que é mais sério e causar maiores preocupações”, alerta o doutor Wesley Medeiros, diretor do Hospital e Maternidade América da rede Hapvida NotreDame Intermédica.
“Para se prevenir desta e de tantas outras doenças causadas por vírus, a melhor forma é não descuidar da higiene básica, lavando sempre muito bem as mãos, os alimentos a serem consumidos”, adverte o diretor médico.