21 de Março é o Dia Mundial e Nacional da Síndrome de Down

A Síndrome de Down (SD) é uma alteração genética presente na espécie humana desde sua origem, assim foi descrita a anomalia cromossômica, há 150 anos, pelo médico inglês John Langdon Down, quem pela primeira vez se referiu a indivíduos que nascem com um conjunto de características únicas, que mais tarde definiriam a síndrome.

Instituído em 2012 pela Organização das Nações Unidas (ONU), o 21 de março foi escolhido para celebrar o Dia Mundial da Síndrome de Down por simbolizar a triplicação (trissomia) do 21º cromossomo, o que justamente causa a síndrome. Além da divulgação de informações sobre essa condição, que atinge um em cada mil nascidos vivos, a data também tem o objetivo de promover ações afirmativas para a inclusão dessa população, que no Brasil, segundo estimativas mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), chega a 300 mil pessoas.

A neuropediatra Alinne Rodrigues Belo (CRM 19322), que atende no Órion Complex, explica que apesar de ocasionar uma série de dificuldades motoras e cognitivas, a Down não pode ser identificada como uma doença. “É uma síndrome decorrente de uma mutação genética e que reúne um conjunto de sinais e sintomas, que a caracterizam”, completa a especialista.

A neuropediatra também esclarece que é uma condição associada a algumas questões de saúde que devem ser observadas desde o nascimento da criança, como malformações cardíacas e do trato gastrointestinal, problemas de visão e audição. De acordo com a especialista, a inserção na sociedade das pessoas com SD, principalmente as crianças, é fundamental para o bom desenvolvimento desses indivíduos e sua qualidade de vida. A médica afirma que a síndrome não limita, mas apenas diferencia as pessoas que nascem com essas características.

“Nós todos somos diferentes e temos os nossos desafios a enfrentar e é isso que precisamos entender em relação à Síndrome de Down. É preciso acolher essas pessoas, oferecer oportunidades para que elas se desenvolvam, e no caso das crianças devemos garantir estímulos saudáveis para que elas possam alcançar o melhor de cada uma, para que tenham dignidade e  qualidade de vida”, argumenta a médica.

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