CHIKUNGUNYA: Região Nordeste registra maior incidência da doença em 2022

A Região Nordeste apresentou a maior incidência de casos de chikungunya, entre janeiro de novembro de 2022. Segundo o mais recente boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, publicado em dezembro, os estados da região registraram 255,7 casos por 100 mil habitantes no período. A região é seguida das Regiões Centro-Oeste, com 36,5 casos por 100 mil habitantes, e Norte, que registrou 26 casos por 100 mil habitantes. Assim como a dengue e o zika, a chikungunya é transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti.

Ainda de acordo com o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, em todo país, ocorreram 170.199 casos prováveis de chikungunya, de janeiro até novembro. O número representa um aumento de 80,4% em relação ao mesmo período de 2021.

Com 20.550 casos prováveis de chikungunya registrados neste ano, Fortaleza (CE) lidera o ranking de municípios que apresentaram os maiores registros. Segundo informações da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Fortaleza, houve surtos da doença e a circulação da dengue Tipo 2, detectada em 40 bairros da cidade. Para estabilizar essa situação e conscientizar a população, a prefeitura realizará até fevereiro de 2023 a Operação Inverno. Ao todo, mais de mil profissionais irão inspecionar aproximadamente 400 mil imóveis da cidade.

Além da capital cearense, Maceió (AL), com 5,7 casos, Brejo Santo (CE), com 3,6 mil casos, Crato (CE), com 3,3 mil casos, e João Pessoa (PB), com 2,9 mil casos, são os municípios com os maiores números de casos prováveis de chikungunya.

Assim como a dengue, a chikungunya se caracteriza por febre e dor de cabeça. A coordenadora da equipe de Saúde da Família no Distrito Federal, Adryenne de Carvalho Mello, explica qual a principal diferença entre os sintomas das duas doenças:

“A dengue e chikungunya têm sintomas e sinais parecidos, enquanto a dengue se destaca pelas dores nos corpo, a chikungunya se destaca por dores e inchaço nas articulações.”

Além das dores nas articulações dos pés, mãos, dedos, tornozelos e pulso, a chikungunya pode se manifestar também em dores nos músculos. Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, o quadro agudo de chikungunya dura até 15 dias.

Segundo informações do Ministério da Saúde, a chikungunya é transmitida pela picada do mosquito fêmea do Aedes aegypti, um mosquito diurno que se multiplica em depósitos de água parada. A principal orientação para evitar a proliferação do mosquito e, consequentemente, diminuir a transmissão da doença é manter a limpeza e cobrir reservatórios e qualquer local que possa acumular água com telas, capas ou tampas.

Adryenne de Carvalho Mello reforça as orientações e garante que a prevenção é a melhor forma de combater a doença.

“Esvaziar garrafas, não estocar pneus em áreas descobertas, não acumular água em lajes ou calhas, colocar areia nos vasos de planta e cobrir bem tonéis e caixas d’água são algumas iniciativas básicas. Todo local de água parada deve ser eliminado, pois é lá que o mosquito transmissor coloca os seus ovos.”

Todo dia é dia de combater o mosquito. E de ficar atento aos sintomas também. Saiba mais sobre as formas de prevenção aos focos do Aedes aegypti e orientações no site www.gov.br/combataomosquito.

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