PSOL aprova como prioridade garantir a posse de Lula e enfrentar o bolsonarismo no Brasil

Resolução foi aprovada nesta terça-feira (22) em reunião da Executiva Nacional do partido

Em reunião realizada nesta terça-feira (22) em São Paulo, a Executiva Nacional do Partido Socialismo e Liberdade avaliou os resultados das eleições de 2022 e definiu prioridades para os próximos meses. De acordo com a resolução publicada, a vitória de Lula e a eleição de deputados federais e estaduais do PSOL Brasil afora foram conquistas extraordinárias. Ao mesmo tempo, reconhece que o bolsonarismo segue forte no Brasil e precisará ser combatido nos próximos anos.

O documento avalia como um “acerto histórico” a decisão do partido de apoiar a candidatura de Lula desde o primeiro turno, sendo ele “o único que reunia as condições para derrotar eleitoralmente Bolsonaro”.

Seguir enfrentando o bolsonarismo golpista segue como prioridade do PSOL, para garantir que o presidente eleito seja de fato empossado. “Não podemos aceitar uma estratégia de convivência pacífica ou que subestime a força orgânica que o bolsonarismo adquiriu nos últimos anos. Pelo contrário, a luta contra o bolsonarismo e o golpista está na primeira hora de nossas prioridades”, avaliam os dirigentes do PSOL.

Conquistas do PSOL – As eleições de 2022 consagraram o PSOL como o segundo maior partido de esquerda do Brasil, com 3.787.697 votos, 3,57% do total para deputados federais. O PSOL foi o nono partido mais votado do Brasil e elegeu a maior bancada de deputados federais de sua história, com 12 parlamentares. A federação PSOL/Rede elegeu 14 deputados federais, totalizando 4,29% dos votos válidos.

Guilherme Boulos foi o deputado mais votado da história da esquerda. Também foi eleita Erika Hilton, negra e trans, uma das 10 mais votadas de São Paulo. Outra eleição histórica foi a de Sônia Guajajara, a indígena mais votada do país. O partido também reelegeu Sâmia Bomfim e Luiza Erundina.

No Rio de Janeiro, Taliria Petrone, mulher negra, foi a terceira mais votada do estado. Entre os 10 mais votados do estado também está Tarcísio Motta. Chico Alencar volta ao Congresso Nacional após ter representado o PSOL na Câmara Municipal do Rio. Glauber Braga foi reeleito para mais quatro anos, e o pastor Henrique Vieira, negro, evangélico e progressista, também conquistou uma cadeira.

No Rio Grande do Sul, Fernanda Melchionna foi reeleita com a quarta maior votação do estado. Por fim, a nova bancada do PSOL na Câmara dos Deputados é completada pela indígena Célia Xakriabá, eleita em Minas Gerais, consagrando a maioria feminina.

Com votações expressivas também para as Assembleias Legislativas, serão ao todo 22 deputados e deputadas estaduais. Em São Paulo, a bancada do PSOL será formada pelo professor reeleito Carlos Giannazi e pelo mandato coletivo Bancada Feminista, ambos entre os três candidatos mais votados do estado. Também foram eleitos a ex-empregada doméstica Ediane Maria do MTST e Mônica do Movimento Pretas, ambas negras, além do jovem gay Guilherme Cortez, que completa a bancada do PSOL no estado.

No Rio de Janeiro, Renata Souza foi reeleita deputada estadual como a terceira mais votada do estado. Flávio Serafini e Dani Monteiro foram reeleitos, juntamente com os professores Josemar e Yuri Moura. Com Renata, Dani e Josemar, a bancada do PSOL no Rio tem maioria negra.

No Rio Grande do Sul, Luciana Genro foi a segunda mais votada do estado e reeleita. Matheus Gomes, jovem negro e atual vereador do PSOL em Porto Alegre, chega à Assembleia Estadual como o quinto mais votado do estado. Fábio Félix, gay, também foi reeleito pelo PSOL no Distrito Federal como o deputado distrital mais votado da história. Recebe a companhia de Max Maciel, o terceiro mais votado do DF.

Entre as cinco candidatas mais votadas em seu estado está Camila Valadão, negra, que assumirá como deputada estadual do Espírito Santo. Linda Brasil foi eleita deputada estadual em Sergipe pelo PSOL entre as 10 mais votadas e será a primeira mulher trans da história da Assembleia Legislativa. O partido também elegeu Renato Roseno, ativista de direitos humanos e ecossocialista no Ceará; Hilton Coelho, negro, na Bahia; Dani Portela, negra, de Pernambuco; Lívia Duarte, negra, no Pará; Bella Gonçalves, lésbica, em Minas Gerais; e Marquito, ativista ambiental de Santa Catarina.

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