Sua alimentação pode estar contribuindo para o desenvolvimento do Mal de Alzheimer
O neurologista do Sistema Hapvida, Dr. José Araújo, descreve hábitos que podem contribuir, ou agravar, quadros da doença
A Doença de Alzheimer ou Mal de Alzheimer, como é popularmente conhecido, carrega uma séria de estigmas que ainda confundem de como a doença se desenvolve. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, 100 mil novos casos são diagnosticados por ano. Contudo, apesar do número, a conscientização sobre o quadro não chega à população. O médico neurologista do Sistema Hapvida, Dr. José Araújo, ressalta que o diagnóstico é progressivo, onde até os alimentos processados podem incidir no seu aparecimento.
O neurologista relata que esse “mal silencioso” pode ser identificado no começo, e com isso, possibilitar um tratamento mais assertivo. “Algumas pessoas, durante a sua rotina, podem começar a se perceber. Esquecer a comida no fogo, perca recorrente de objetos, esses são sinais”. Para o médico esse quadro avança para uma perca de memória recente e até mesmo a dificuldade de guardar nomes.
Fatores como doenças cardiovasculares podem ser fatores de riscos diretos para o aparecimento do quadro. Dr. José Araújo, apesar de afirmar que a idade ainda seja o principal indicador, lembra que outros pontos podem levar ao desenvolvimento do Alzheimer. “Alimentação é um dos pontos cruciais. Alimentos processados, carboidratos em excesso, gorduras, além dos fatores de riscos familiares”.
Em recente estudo publicado pela Universidade Tufts (EUA), foi apontado que o consumo regular de alimentos ricos em flavonoides, como uva, maçã e alguns tipos de chás reduz em até quatro vezes o risco de desenvolver Alzheimer. Outro ponto do estudo foi a suplementação de ácidos graxos como ômega 3 nesta prevenção. O médico afirma que esses hábitos podem contribuir para o tratamento e melhorar a qualidade de vida do paciente como um todo.
No Brasil, é estimado que existam cerca de 1,2 milhão de casos da doença, e neste dia 21 de setembro é dedicado ao dia mundial da conscientização sobre o Alzheimer. O Dr. José Araújo, ressalta que apesar da popularização do termo, existem outras patologias que podem ser confundidas e até relevadas, por ser um sintoma recorrente.
“Por conta de nossas rotinas aceleradas, ansiedades e stress diários, a exaustão pode levar a sintomas similares ao do Alzheimer. O esquecimento, por exemplo, pode ser confundido com o transtorno do sono. De um ponto de vista clínico a doença se apresenta de forma lenta e em curto prazo. Com o passar do tempo, o comprometimento cognitivo passa a ser maior e se torna mais perceptível.”, relata o neurologista.
Apesar de não ter cura, ao associar o tratamento adequado a cuidados especiais é possível melhorar a qualidade de vida do paciente. A manutenção das atividades mentais e físicas, associadas a um propósito de vida, são fundamentais. Além da nutrição ideal, o neurologista lista outros hábitos como, estímulos para o cérebro, como jogos e atividades; atividade física; e principalmente a medicação e o acompanhamento adequado podem ser determinantes.