Sociedade Goiana de Pediatria alerta para o reconhecimento dos sintomas em crianças
Doença requer atenção no público infantil, mas boa parte dos casos não exige internação e pode ser tratada de forma ambulatorial
Com o recente registro de um caso de varíola dos macacos em criança, na cidade de Luziânia, no entorno do Distrito Federal, a SGP (Sociedade Goiana de Pediatria) faz um alerta sobre a incidência da doença durante a infância. Apesar da maioria dos casos registrados em crianças não exigirem internação, é importante se atentar logo no início para oferecer os cuidados necessários.
No caso das crianças, o sistema imunológico, responsável pelo combate aos microrganismos, ainda está em fase de desenvolvimento e maturação. Por esse motivo, segundo estudiosos as crianças requerem cuidados.
A presidente da SGP, Marise Tofoli, reforça que a varíola dos macacos pode impactar o quadro geral de saúde da criança de maneira mais significativa. “Tanto a criança, quanto o adulto podem ter febre. No entanto, no caso da criança, em função de a massa corporal ser menor, a febre pode acarretar desidratação”, explica.
Segundo a pediatra, alergista, imunologista e membro da SGP, Lorena Diniz, em muitos casos, o comportamento das crianças diante das lesões pode contribuir para infecções secundárias. “Os pequenos acabam coçando as feridas e removendo as famosas ‘casquinhas’ Em geral, as infecções secundárias são causadas por bactérias.”
A boa notícia é que na maior parte dos casos, a infecção causada pela varíola dos macacos em crianças não requer hospitalização. “Diferentemente da covid-19, o tratamento é feito no ambulatório. Poucas crianças vão precisar ser internadas nesse caso”, reforça Tofoli.
Sintomas – Assim como em adultos, os sintomas são muito parecidos em crianças. A recomendação dos especialistas é se atentar para sinais de febre alta súbita, fadiga, falta de apetite, vômito, dor de cabeça, dor no corpo, lesões tipo vesícula na pele e aumento de gânglios. Como forma de prevenção, o conselho é redobrar o cuidado com a higiene das mãos e não compartilhar objetos pessoais como utensílios domésticos e roupas.