Projetos estimulam a diversidade cultural em Goiânia e provocam a descentralização do entretenimento

Retomada de eventos presenciais – Conheça os projetos que estimulam a diversidade cultural em Goiânia  e provocam descentralização do entretenimento

Após meses de lives, encontros remotos e  festas virtuais, a cena de entretenimento local voltou a receber  calor do  público. Nessa retomada, novos movimentos culturais, bares e espaços de lazer surgem em Goiânia com o propósito de unir grupos sociais, promover descobertas artísticas e celebrar o multiculturalismo. Do centro da capital à periferia, artistas, produtores e  empresários têm utilizado da sensibilidade e criatividade para transformar os momentos de diversão dos goianienses

O  DJ e produtor goiano Bruno Caveira, por exemplo,  atua na capital há 15 anos e destaca os novos pontos de curtição dos bairros Itatiaia (Identidade Bar),  Jardim Planalto  (Flor do Cerrado) e Balneário Meia Ponte (Mandacaru Rock Bar). Segundo ele, esses locais estão ajudando a descentralizar tanto os espaços quanto os gêneros musicais em Goiânia. “Choques culturais são necessários para desenvolver empatia com o diferente, com o outro, além de expandir nossa forma de percepção do mundo. A música provoca isso”, mostra Caveira.

Foi nessa mesma atmosfera de entretenimento democrático que Bruno Caveira deu vida ao Festival Obalalá, que ocorre pela primeira vez em Goiânia, no dia 6 de maio, no Centro Cultural Oscar Niemeyer. O novo festival traz no line up a cantora mineira Marina Sena e as Djs Gabi Matos (GO), Odara Kadiegi (DF) e Tata Ogan (RJ). “Vai ser uma noite dançante para se jogar em novas experiências sonoras, mergulhar na cultura brasileira e curtir uma festa que aspira diversidade e respeito”, conta Bruno Caveira.

A construção de espaços simbióticos para a música e a comunidade local também ocorre por meio do coletivo Selvática, grupo com sete mulheres Djs, de diferentes gêneros musicais de Goiânia, que promovem discotecagens e festas na capital. “O Selvática é sobre a presença da mulher na noite goiana. Somos uma minoria representativa, e portanto uma contracultura ativista que dá suporte às manas que querem seguir a carreira de Dj. Além disso, entregamos pesquisas musicais de qualidade ao público e eventos diversificados”, explica Gabi Matos, integrante do coletivo que acaba de ser anunciado no festival  Criolina, de Brasília.

“Goiânia está vivendo uma retomada cultural intensa, na qual as pessoas estão em busca de novidade e intensidade.  Precisamos de uma estrutura para receber essas pessoas que ficaram tanto tempo sem se encontrar. Tem uma galera metendo as caras e fazendo esses novos movimentos acontecerem. Após tempos de reclusão, agora é um momento de descobertas, de compartilhar fora do virtual, com acessibilidade, diversidade e liberdade”,  destaca Bruno Caveira.

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