Campanha por Lula e presença de Anitta: O Lolla 2022
Foram três dias intensos. O Lollapalooza 2022 chegou ao fim na noite deste domingo, 27, fechando um final de semana que foi marcado pela morte de Taylor Hawkins, protestos inflamados contra Jair Bolsonaro (PL) e até mesmo uma presença (meio) inesperada da número 1 do mundo, Anitta.
Manifestações contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) e favor do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) deram o tom da maioria dos shows de artistas no festival.
A cantora britânica Marina foi uma das que aproveitaram para se manifestar politicamente no palco, falando “Fod-se Putin,fod-se Bolsonaro”.
O público também protestou contra o presidente brasileiro na sequência.
Durante a apresentação do Detonautas, Tico Santa Cruz discursou sobre a pandemia de coronavírus, política e sobre saúde mental, com o número 188, do CVV (Centro de Valorização da Vida) estampado no telão. Além disso, no telão também foi exibida uma foto de Jair Bolsonaro e o público entoou gritos de “Bolsonaro vai tomar no c*”.
Pabllo Vittar gritou “Fora, Bolsonaro” e fez um espacate, para delírio de seus fãs, ao fim de sua apresentação. Antes de deixar o palco, ainda ergueu uma bandeira com a imagem de Luiz Inácio Lula da Silva.
As manifestações de Marina e Pabllo se tornaram pauta judicial. O PL entrou com uma ação e o TSE vetou manifestações políticas no último dia de evento – o que, na prática, não teve efeito.
Quando subiu ao palco, Jão não poupou críticas a Bolsonaro e foi além: pediu que adolescentes tirassem título de eleitor para que pudessem votar contra o presidente nas eleições de outubro.
Emicida também tocou no assunto, além de xingar o presidente na abertura do show e Silva elogiou o público que começou a falar contra o presidente. Já no terceiro dia, mesmo com o veto do TSE, as manifestações continuaram.
A banda Fresno exibiu um telão onde se via os dizeres “Fora, Bolsonaro”, Marina Sena pediu que que todos se atentassem ao título de eleitor e Djonga inflamou a plateia contra o presidente.
Manifestações mais explícitas ao ex-presidente foram vistas nos últimos shows da noite. Gloria Groove protestou contra a censura e Bolsonaro e ainda usou uma roupa com o número 13, referente ao ex-presidente.
O tributo a Taylor Hawkins apresentado por Emicida foi marcado pela participação de Marcelo D2, que também ignorou a decisão do TSE e não só protestou contra Bolsonaro, como fez gritos a Lula no palco. Anitta.
A nova número 1 do mundo, Anitta, foi assunto do primeiro e do segundo dia de festival. No começo do evento, Tico Santo Cruz fez a coreografia de “Envolver”, hit da cantora que chegou ao topo do Spotify global.
“Então, Anitta, parabéns para você, nossa máxima admiração, eu não sou um dançarino, mas a única coisa que posso para celebrar esse momento é isso aqui”, declarou o vocalista para, em seguida, fazer a icônica coreografia.
A poderosa se fez presente em carne e osso no evento. Anitta subiu no palco durante a apresentação de Miley Cyrus e cantou “Boys Don’t Cry” ao lado da pop-star norte-americana. Ao fim da performance, Miley elogiou a cantora brasileira.
“Obrigado, Brasil. Muito obrigado. Obrigado. Anitta, obrigado por vir. Eu realmente amo essa sua música”, falou Miley. “Anitta é uma dessas pessoas que eu se eu ligar e pedir para ela vir ao meu apartamento falar sobre garotos ou outra coisa, ela estará lá. Mas se eu ligar pra ela e falar que quero sair e fazer a melhor festa que o mundo já viu, ela vai cuidar para que seja a festa mais louca”, completou.
“Se eu ligar para ela e falar que quero vir para o Lollapalooza e cantar uma música comigo, ela também faria isso. Preciso começar a vir para o Brasil mais vezes para sair com Anitta”, finalizou Miley, aos risos. (As informações são do Uol)