5G: preciso trocar meu aparelho ou chip?

Com a chegada do 5G, os usuários têm dúvidas sobre como podem usufruir da nova tecnologia. Além de aparelhos compatíveis com as redes de quinta geração, há incertezas sobre quais tipos de planos de internet são necessários para ter acesso. Por enquanto, a resposta é simples para quem já utiliza os planos de 4G: não precisa fazer nada além de estar em uma área com cobertura ativa. Até o momento, o sinal com faixas exclusivas para o 5G está disponível somente em Brasília.

Segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), as três principais operadoras de telefonia do país (Tim, Claro e Vivo) afirmaram que não há mudanças de custos dos planos ou necessidade de troca de chips para receber o novo sinal – ao menos, por enquanto. A Vivo destacou em nota no seu portal que “os clientes com chip 4G já têm acesso ao 5G”, caso tenham dispositivos compatíveis. A mesma informação foi confirmada por Tim e Claro.

Mas e quem não tem dispositivos compatíveis?

Para navegar nessa frequência será necessário trocar o celular, uma vez que os aparelhos de recepção de redes móveis não estão adaptados às faixas disponíveis para o 5G.

Segundo o engenheiro de telecomunicações da Telemar do Rio de Janeiro, Cesar Nunes, o recomendado é que a troca seja feita com cautela e que o consumidor se certifique se o novo equipamento é homologado pela Anatel. “Nós licitamos algumas faixas de frequência específicas aqui do Brasil. Pode ser que você compre um aparelho de fora e esse não tenha essa faixa do Brasil, então pode ser que não funcione”, explica o engenheiro. Atualmente, existem cerca de 40 modelos de celulares no Brasil que já estão aptos para receber o sinal 5G.

O analista político Lucas Machado, apesar de ser muito antenado nas novidades tecnológicas, planejou trocar o celular. “O meu aparelho atual só recebe até o sinal 4G. Então, vou esperar o lançamento de mais aparelhos que devem vir com o preço mais acessível”, aposta.

Parabólicas – O 5G puro ocupará na faixa de 3,5 GHz, faixa parcialmente ocupada por antenas parabólicas antigas que operam com sinal analógico na Banda C. As pessoas com esse sinal precisarão comprar uma antena nova e um receptor compatível com a Banda Ku, para onde está sendo transferido o sinal das antenas parabólicas. Famílias inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) com parabólicas antigas receberão conversores novos, que dispensarão a necessidade de comprar outras antenas. Segundo a Anatel, Brasília foi escolhida para estrear a tecnologia 5G por ter um número baixo de parabólicas. Conforme os dados mais recentes da agência reguladora, existem cerca de 3,3 mil parabólicas em funcionamento no Distrito Federal.

Originalmente, o edital do leilão do 5G, realizado em novembro do ano passado, previa que todas as capitais deveriam ser atendidas pela telefonia 5G até 31 de julho. No entanto, problemas com a escassez de chips e com atrasos na produção e importação de equipamentos eletrônicos relacionados à pandemia da Covid-19 atrasaram o cronograma em dois meses. (Fonte: Brasil 61)

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